quarta-feira, 8 de abril de 2009
Acabou o BBB!
Acabou o big bróder, e agora? E estava tudo tão certo. Acabava minha lição obre a orientalidade com Glória Peres, e começava o show da realidade. Realidade? Todos os conflitos daquele mundo de câmeras são mesmo tão reais? As realidades se confundem, já nem sei mais o quanto de mim acabou neste ano.
Lembro-me bem de quando começou isso tudo. Acompanho tudo desde a primeira edição. Não é muito de praxe na comunidade dos pseudointelectuais a que pertenço assumir que assiste a tais programas, mas eu não me importo. Na verdade me importo sim e quero chocar um pouco! Desde muito antes eu dividia comigo mesmo a opinião de que aquelas realidades a mostra na telinha são pouco reais. Eles produzem as roupas, cortam os palavrões ditos, fazem “Merchant” de tudo, e na edição final tudo ganha uma musiquinha. Seria legal se minha vida tivesse um diretor de fotografia, e também um musical... mas não é bem assim. Talvez este seja o ponto base desta redação: o mundo de realidades que seriam ótimas se fosse as minhas. O que quero ver quando quiser fugir da minha realidade.
Os elementos dessa fantasia televisiva são muito convincentes. Os amores parecem eternos, e as despedidas traumáticas ao extremo... Está certo que aquela moldura poética do Bial ajuda um pouco... Mas a classe com que os vilões choram, com que as abandonadas lamentam, é coisa de Nelson Rodrigues! Depois quando eles finalmente vêm pro lado de cá, tudo murcha. Tudo dura o tempo suficiente a uma bela capa de revista, seja ela vulgar ou não. Quando os “brothers” passam a porta e encontram o mundo são facilmente execrados pelo nosso esquecimento.
Da realidade que sobra vejo os resquícios das câmeras... Na rua, no condomínio, na escola, no portão de um prédio, no meu computador, nas lojas, estacionamentos... Tudo que for existir há de ser registrados, e se for interessante que seja logo postado no “youtube”, nosso representante real e anônimo do falecido big brother. Mas ano que vem tem mais. Resta-nos esperar e fingir não gostar pelo resto do ano, e assistir meio de canto de olho ano que vem. Afinal “reality show” é clichê demais para ser considerado culto, não é?
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É engraçado...rs A maioria das pessoas que conheço,fala que detesta assistir o BBB,mais sabem de tudo que acontece.Na verdade, imagino que eles devem ficar esperando o ano inteiro para ver o próximo...rsrsrs
ResponderExcluirLamica.
Parabéns
ResponderExcluirÓtimo texto como sempre.
Hehehe, vc assiste Big Bróder mesmo? Ou só a personalidade do seu Eu-lírico que estava se expressando? rsrs
ResponderExcluirParabéns pelo GOLE!
PS: Sabe aquela brincadeira de tentar adivinhar quem que escreveu o texto? Entaum... As nossas escritas estam cada vez mais se con(fundindo): a principio pensei que fosse o Alexandre, depois o Lucas, depois o Alexandre de novo (com o termo execrável) e por fim, era voce. hehee
Nossa... nem sabia que voce tinha blog, Jonatan que mandou o link (errado por sinal!). Gostei muito dos textos. Qualquer hora da uma passada la no meu. Abraço!
ResponderExcluirObrigado por mais um delicioso gole de idéias. Sou fã de seus consistentes argumentos.
ResponderExcluirBBB? Nem sabia que você via isso,rs...eu também vejo!
ResponderExcluirSem mais delongas... adorei seu texto...adorei o gole!