UM GOLE DE IDEIAS

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.: Um Gole De Ideias :. -> Dois anos no ar!

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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Meu!

A rosa é pra você, lembra, tudo sempre acompanhado de uma rosa... s9

Feliz Ano Novo! – Dizem de todos os lados. Deveria ser franco e dizer que odeio esse rito de passagem de ano... Família reunida, coisas que só o natal, ano novo e enterros conseguem fazer; tias que insistem em ver centímetros a mais em minha altura, centímetros que não existem, mas se fazem necessários para que elas possam proferir o tão odiado esperado “como você cresceu, meu filho!”, ouço isso a mais tempo do que gostaria. Pra ser ainda mais franco, acho que odeio final de ano. Tanta correria pelos aguardados presentes de natal, não gosto de multidões, de gente espremida num mesmo lugar, ainda mais com esse calor escaldante que tem feito nessa época; penso em entrar em uma loja -lotada- desisto. Alguém vai ficar sem presente. Tem, ainda, as compras no mercado com a mãe e a avó, torturante! Três horas dentro de um mercado, orando fervorosamente (coisa que não faço sempre) pra que a senhora à minha frente finalmente pare de admirar as laranjas, as pegue e coloque na sacola...
Definitivamente, não vou muito com esse tal de natal. O que houve com ir à igreja e orar pelo aniversariante do dia? É esse o intuito da data, não é? Jesus? Aliás, não me lembro de ninguém comprar um presente pra ele, nem mesmo minha mãe, assídua católica de missas dominicais. Pobre Jesus, literalmente.

31 de dezembro, véspera de ano novo. A casa acorda agitada, avó na cozinha, mãe na cozinha, tias e primas na cozinha; pai bebendo em frente à churrasqueira junto com os tios e primos, a secular divisão entre lugar de homens e lugar de mulheres. Deprimente. Na cozinha fofocam sobre a sobrinha que não tem obedecido e sobre o neto adoentado. Em volta da churrasqueira discutem sobre o porquê de o Flamengo ter ido tão mal no brasileirão, soltam uma ou outra piada sobre o meu Botafogo, a maior parte da minha família é alvinegra, menos meu pai, flamenguista, que me deserdou por ter escolhido outro time. Meia-noite, fogos de artifício. Abraços e mais abraços, juntos com palavras de bom ano, com mantras de que tudo será melhor do que no ano anterior; frustração por estar em meio a tudo isso...

O ano de 2010 não foi ruim, por mais que meu pessimismo tente me mostrar o contrário. Comecei a dar aulas, é divertido, afinal. O último ano que passei por completo na faculdade, já que me restam apenas seis meses no próximo ano. Gente saindo da minha vida, por falta de papel nela ou por puro descaso com a “amizade”, talvez meu, talvez dela. Mas, principalmente, gente entrando em minha vida, gente importante, com status de papel principal na fantástica história da vida do Lucas. Minhas resoluções para 2011 são as seguintes: Quero continuar trabalhando, enquanto não me frustro completamente com a profissão de professor. Quero estreitar os laços de amizade com os grandes amigos que tenho, poucos, mas os melhores. Pretendo valorizar mais minha família, afinal, não serão eternos e são os melhores laços que tenho com o passado e os melhores que terei no futuro. Uma namorada... sim, uma namorada (frisando pra todos os amigos que não acreditaram quando leram essa parte), quero alguém comigo, alguém pra mim, por mais egoísta que possa parecer. Quero fazer alguém feliz e ser feliz junto, por conseqüência. Sei que posso, sei que consigo, sei o que eu quero. Quero você, que talvez esteja lendo esse texto, agora, que talvez esteja se perguntando se isso é mesmo pra você; sim, é pra você! Te faço feliz, prometo! Não minto, não pra você, pediu que eu não fizesse isso e eu nunca fiz, mesmo querendo, algumas vezes dizer que estava feliz pra te deixar feliz, mas acabei te deixando triste por estar triste, porque eu não podia mentir. Meu ano novo, renovado, precisa de você pra ser melhor. Você com seu sorriso, com seus olhos, seu jeito, seu cheiro... Você e eu, juntos. Penedo... Preciso de você! Preciso dos meus amigos, da minha família, preciso de mim, acreditar em mim, ter fé em mim e no que posso fazer pra que as coisas aconteçam. Me faço otimista em 2011, incrível... Bom Ano Velho! Ótimo Ano Novo! Feliz Ano Meu!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

É natal!


Olha... tá chegando o natal. Essa constatação não foi muito relevante, eu sei. Tampouco o que tenho a dizer. Acho meio mágico esse clima de fim de ano. Todos viramos filho de DEUS. E pelo menos neste dia, reverenciamos a chegada dele. Claro que com mais sofisticações do que ele, pobrezinho. Mas é por ele que estamos aqui. É por ele que fartamos as mesas e comemos tudo sem sentimento de culpa. É por ele que adiamos as dietas e as promessas pro final do ano. Outra data também festiva e próxima, o que é melhor. Voltando ao Natal, temos o amigo oculto. Célebre manifestação econômica e altruísta. O meu amigo oculto é... Especial, inteligente... “gente boa” (esse é pra ocultar a beleza que ele não tem). E a gente arruma sempre muitas formas de esconder os defeitos e valorizar, super valorizar as qualidades. E fica tudo muito engraçado. A gente sempre torce pra que aquele que tem uma rixa secreta tire este no bilhete, e a partir daí compre um presente e descreva aquela pessoa como interessante e inteligente e gente boa.

E as comidas, hein?! Baco se regozija na orgia culinária que se anuncia. Muito luxo da boca pra dentro. Da boca pra fora só frases clichês e bem comportadas. Roupas novas. Guardamos o branco pra próxima data e para esta um pouco mais de cor, exagero, barroco. Salve Deus! Salve ele do meio disso tudo. Compras, descontos fictícios... 50, 60,70%!!! E tudo continua tão caro. Carnes... Porco, frango, frango geneticamente melhorado, presunto. Presentes! Abre um embrulho, faz-se cara de surpresa. Abre um imbróglio, vê-se na tia Pomba Gira qualquer dose extra de melancolia. Toda festa, pra que seja boa, tem que ter aquele povo solitário no meio da multidão. E eu nem sei se tem que ter mesmo, ou se esse ser humano já faz parte de nossa sociedade de tal forma que não podemos o excluir de tudo. Muito menos do dia mais feliz do ano. Do dia que rezamos pra comer e abrir os presentes. No dia em que se fala rápido de Deus pra que a festa não seja interrompida.

E no dia seguinte é que é engraçado. Engov... Eno... Notas fiscais para trocar os presentes que não agradaram. Coragem pra encarar a academia. Acho que vai ficar pra depois da virada! E Faustão na televisão. Não, primeiro o Didi, né?! Enfim... Orgias televisivas. As cenas sem graça que desde a infância divertem os telespectadores. Divertem? E nessa dança de falsas esperanças, isso é o que menos importa. Ano que vem vai ser tudo diferente. Por mais igual que se mostre tudo, por mais inocente que seja a vontade. O ano se vai e vem outro. Boa noção cíclica essa, mas não é assim, você sabe. O mesmo você que bebe o champanhe na virada é o mesmo você que acorda com dor de cabeça. Tirando as expectativas só restam os mesmos espertos com coragens duvidosas diante do desesperador momento de despedida do passado quase que presente. E nesta luta temporal e cotidiana, só nos resta à febre as conquistas imediatas.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Vinho - objeto de estudo [por quê não?]

Hoje eu queria saber de vinhos. Engraçado a força dessas coisas em mim. Às vezes tenho essa vontade de me expor, e justifico isso como se os goles mais literários não tivessem nada de mim. Voltando pro vinho, percorri uma prateleira que me mostrava umas garrafas do Chile, Portugal, Argentina... Brasil, claro; e tudo, todo aquele universo de possibilidade e descrições esmiuçadas em rótulos pequenos, se mostrava a mim como uma pequeníssima variação: tinto e branco.

Ora... se há tanta gente que sacode o liquido na taça gorda. Roda. Roda. Roda de novo e cheira. Sorri com aquele jeito meio de canto de boca que significa um aceno aos outros que conhecem o código e uma porta na cara dos que não fazem à mínima, como eu. Depois bebem... bebem nada, eles devolvem aquele líquido+saliva à taça. Minha mãe sempre dizia que isso era grotesco. Costumo ver isso com um certo asco, mas confesso que agora mora uma inveja aqui. Quero saber.

O Google me disse que há tipos de uvas. Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Tannat, Bordô… isso só pra falar algumas das uvas tintas. Olha, pra quem tem dificuldade de diferenciar guaraná antártica do mil, acho que terei dificuldades. E eu logo desconfio com um daqueles pensamentos de gente ignorante do tipo: aposto que se vendarmos um somelier ele não diferencia um tinto de um branco. Mas logo me rendo de novo à ciência. E é nessas horas que tento buscar essas coisas na internet, às vezes me frustro como agora.

Tenho uma grande admiração por esses profissionais, mas não tentaria aprender nada em livros dessa vez. Este é um conhecimento que acho que não tenho por lá. Vou bebendo cada um que aparecer na minha frente. Talvez esta seja a vantagem da ignorância: não ser tão exigente. Qualquer Cantina da Serra me diverte. Peço a todos os somelirers(não sei fazer o plural desse troço) que lerem este texto, deixem uma dica nos comentários, ou então enviem um bom vinho pro meu endereço. Grato!

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