UM GOLE DE IDEIAS

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.: Um Gole De Ideias :. -> Dois anos no ar!

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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Tá bom... vamos falar de amor!

Desculpe-me se pequei na originalidade na escolha deste tema, mas a verdade é que diante de tudo que rendeu os textos dos amigos-de-gole resolvi por falar dele também: o amor. Vale ressaltar que me isento aqui da posição flutuante de poeta e me dedico intensamente a prosear por esse caminho obscuro em que o amor sugere.


Para começar e entender algo sobre este assunto tão complexo resolvi recorrer ao dicionário... Pai Aurélio não me trouxe muitas certezas. Claro que ficou algumas noções interessantes e preconceituosas também. Drummond tinha mesmo razão “o amor foge a dicionários e a regulamentos vários”.


Sentir é algo mais complexo... que beira o irracional, às vezes ultrapassa. O amor é doce, amargo, corrosivo e transparente. Ora... já disse que não posso ser poeta! Caio em outra discussão: razão e emoção. É comum usar palavras que sugerem uma alteração da razão quando se fala de amor... reparem: louco de amor, entorpecido, embriagado, doido... quase que rimam com apaixonado.


Às vezes sinto como se o amor fosse algo que só desse certo na ficção. Os romances/filmes/novelas transformam qualquer tentativa real em frustração. Não temos aquelas trilhas sonoras portáteis, nem um roteirista corrigindo os furos da trama. A vida não permite ensaios. Talvez por isso amar seja um exercício muito mais sacrificante que prazeroso.


E se o amor for mesmo prosa, como bem disse Jabor, estou no caminho certo. A verdade é que o amor enche linhas, parágrafos, vidas. E a gente tenta na ignorância discreta transformá-lo em coisa. Tirá-lo do altar em que ele se encontra e conjugá-lo em nossos erros comuns. A culpa é da razão.


E depois de tudo isso... numa passada apressada na rua, encontram-se olhares cúmplices e transformam a razão em pó. Mais umas trezentas teorias, e conclui-se que o melhor que se tem a fazer é empregar o verbo sem precisar necessariamente de algum sentido.



4 comentários:

  1. Ah seu abusado pegando carona nos meus/nossos sentimentos? Tudo bem! (rs)
    Meu Amigo de Gole, foi um prazer deliciar-me com este GOLE com sabor de amor, todavia com o cheiro da nossa essência polêmica e sarcástica. E creio que o seu Ensaio-gole contempla muito mais o que eu admito como minha verdade do que o meu próprio abaixo - aquela FANTASIA (rs).

    Da imagem - o gole - às palavras chaves, tudo se encontra, é excelente, excêntrico. Ensaio leigo sobre o amor, faz-me lembrar daquele meu discurso ao citar uma idosa que falou que ainda estava se descobrindo, por isso nao poderia se entregar ao amor - ótimo isso.

    Parabens pelo o GOLE e fazendo um empréstimo das minhas palavras - no gole NOSTALGICO abaixo - o seu Gole "tem poder inebriante./Seu sabor doce é deleite,/seu amargor dilacera, porém é lascivo." (Contini)

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  2. Amor, sempre o amor! Desisti de escrever sobre ele... Passei anos colocando esse sentimento no papel, um amontoado de palavras que significavam tanto para mim, mas que juntas, pareciam não fazer sentido nenhum! Então não escrevo mais... Mas gosto de ler o que meus amigos pensam sobre o amor! (Menos o Alexandre, ele não acredita nesse tipo de amor) rs

    Ótimo texto, amigo!
    Parabéns!

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  3. A equipe está toda romântica, até nos comentários. Alguns mereciam virar post.
    Muito bom!

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  4. É, Lucas! Eu nao acredito nesse troço aí! Tanto que para mim, so fez sentido quando colocou a razao como lente de aumento. Amor so server para ser conjulgado, sem sentido algum! Desculpa dizer isso, no auge de uma excitaçao romantica, mas é uma verdade incomoda. Disso eu gostei: "A vida não permite ensaios. Talvez por isso amar seja um exercício muito mais sacrificante que prazeroso." Embora nao queira parecer um, isso é frase de poeta! Bom gole, Fabricio!

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Muito obrigado pelo seu comentário (dose)!

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