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.: Um Gole De Ideias :. -> Dois anos no ar!
.: Alexandre Lopes :.
.: Fabrício Pacheco :.
.: Gleidson Quintella :.
.: Jonatan Bandeira :.
.: Lucas Ragazzi :.
Tudo é imperfeito e injusto. Tudo é potencialmente corruptível e maculável. O amor idealizado, a felicidade esperada e a certeza do sucesso passam pelo crivo dos olhares mórbidos da realidade. Deságuam ondas turbulentas e ruidosas em castelos frágeis de areia. Levamos tempo para criar e imaginar, mas, no segundo posterior, sobras purulentas de devaneios coloridos grudam em nossos pés. Elas serão o bálsamo para as feridas abertas manualmente por uma mente sádica e insistente.
Como nos precaver desses fantasmas barulhentos que ribombam nossas mentes de imagens retorcidas e cativantes? Somos escravos das fossas e nos alegramos quando nosso destino é declinante e não ascendente. Somos filhos das tristezas, pois na dor dilacerante formos expulsos de um mundo limitado e cômodo, com berros e caretas. Sabemos desde criança o que é mais importante na vida: contribuir massivamente para que as lágrimas dos outros caiam em abundância.
Quem levantou a mão e pensou em atirar a pedra foi o mesmo que manchou a honra, tocou no sagrado e ridicularizou o divino. Neste constante sobe e desce de emoções, o mundo pára e assiste passivo a fúria dos homens. Sabe-se lá onde todos vão parar com esse espetáculo auto-destrutivo e deprimente. Acredito que não andaremos até que as garras do ridículo não se soltem de nós. Estamos com a arma na mão ameaçando a imagem no espelho e não nos damos conta disso.
O Sol também se esconde. Não seremos julgados por aquilo não pudemos ser, mas pelo que deixamos de ser. Deixamos de ser humanos há muito tempo. Deixamos que conceitos efêmeros se tornassem verdades incontestáveis. Deixamos que o direito de ser livre fosse trocado pelo pequeno prazer de ser movido como marionetes pelas mãos descontrolada da emoção. Tudo isso por um motivo nobre: ser feliz. Nobreza e hedonismo confundem-se pela ótica da razão.
O mundo só pode ser visto pelo que chamo de lentes de realidades atuais. E as tuas, talvez um pouco suja, nos mostrou um mundo talvez real demais.
ResponderExcluirAdorei seu olhar revoltado. Talvez resquícios do antigo"eu não"... ou não?!
Aplausos!
Excelente texto!
ResponderExcluirAlguém, tão inteligente quanto você, escreveu há alguns anos uma música que contem uma frase que caberia muito bem ao seu texto: "Nos deram espelhos e vimos um mundo doente...". Preciso dizer quem é o autor? Acho que não!rs
Parabéns Amigo!