terça-feira, 17 de março de 2009
Reclamações da Crise
Prazer, me chamo Crise! Assim mesmo sem nenhum sobrenome. Quero dizer... originalmente era assim, hoje já nem sei mais. Me chamam de Crise Econômica, eu atendo... Existencial... eu olho. Tá ficando difícil chegar a um consenso... eu estou tão confusa! Outro dia pensei em me distrair e desliguei a televisão e fui dar uma volta no shopping... adivinha? Era um tal de casal falando em crise que eu não aguentei. Retornei pra minha casa imediatamente.
E outra coisa: não agüento mais nem um grito de ninguém, ouviu? Que história é essa de ficar descontando tudo isso em mim? Isso que vocês têm não é crise, é psicose. Por falar nisso outro dia encontrei com ela – a Psicose – e ainda tive que ouvir que ela estava saindo de férias. Ela disse que depois que entrou em voga o Stress ela teve tempo pra curtir um fim de semana em Parati com seu namorado. Que inveja!
Venho de uma família tradicional, sabe? Só queria me casar e curtir os meus filhos. Mas ultimamente nem os famosos estão colaborando... E enquanto existir celebridades do tipo: Amy Winehouse, Ozzy, Lindsay Lohan, Paris Hilton, etc etc etc... eu não fico sossegada, eu sei! A menos que eu projete um novo verbete que me substitua à altura. Tenho uma prima que não gosto muito... tive pensando... até que ela tem talento. Ela tem tido pouco trabalho. O nome dela é “u ó!” Conhecem? Vou aplicá-la: A economia esta em crise... A economia está u ó! Que tal? Ficou meio vulgar, né?! Mas gente colabora aí!
Tenho apelado pra tudo que é santo. Já visitei o escritório de Santa Paciência. Fiz promessa pra São Longuinho... Já até adiantei os pulinhos. Botei o Santo Antônio de cabeça pra baixo. Agora é só esperar...
Veja bem... eu torço por vocês! Sinceramente. Quero deixar de viver correndo por todos os setores de suas vidas. Além de cansativo é lastimável. Vou mandar este texto por e-mail a alguns amigos distantes que não vejo há muito tempo: a felicidade, a compaixão, a tranqüilidade. E peço que repassem pra quantas pessoas conseguirem.
Um apelo desesperado da Crise em crise.
Se nunca ouviu falar de mim não pesquise no Google, por favor! Eu não faço falta nenhuma.
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É inegável que você escreve com maestria e esse texto revela isso claramente. É um prazer incomensurável ler seu blog.
ResponderExcluirO cara aí já disse tudo! Sério Fabrício, ótimo texto. Quando li o título, pensei que seria um texto jornalístico falando sobre a crise econômica!rs Enfim, seu talento com a escrita é inegável! Esse blog com certeza nos renderá bons frutos...
ResponderExcluirParabéns Amigo!
Muito bom! Esse estilo é muito usado pela Fernanda Young na revista Cláudia, já leu? É uma maneira leve de falar sobre assuntos pesados...
ResponderExcluirParabéns, filé!
Rsrsrs.
Beijooo.
Simplesmente DELICIOSO de se ler ! adorei mesmo.Acho muito bacan esse jeito de escrever!
ResponderExcluirVocê não tem crise de criatividade!! parabéns
post novinho: www.johnrmulo.blogspot.com
Crise! Coitada... Eu tenho pena dela. Outro di a encontrei, estava vindo de Toquio. Deixou tudo em baixa por la. Da trabalho manter todos no desespero, rs... Muito bom, Fabricio!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRealmente, eu acredito que o CAOS (avô da Crise) esteja feito - ressucitado. Se a Crise anda semidepressiva, em crise existencial - pelo que parece - o que será do Mundo - seu hospedeiro?
ResponderExcluirAinda bem que os seus amigos personificados ainda que de férias, existam. Mas será que o local aonde estão aposentados tem internet, e-mail??? Tomara que sim, senão o grande avô da Criseldina irá retornar!
Um gole que sorri na dor (FLUOR - DENTAL)