Ah, como eu precisava desse momento com as ideias novamente! Que alívio poder fabricar e sorver esse gole depois de tanto tempo, estava quase abstêmio. Há quanto tempo esperava por este momento mesmo? Sei lá, talvez alguns dias – meses ou anos -, quem sabe? Não importa, porque o tempo nunca fora importante para mim, nem nos meus momentos mais críticos, pois ele sempre se negou a atribuir-me respeito: por pirraça os minutos juravam-se eternos, assim o dia fazia-se infindável na ausência de um gole que seja.
Viciado, nunca fui. Mas admito que, de quando em quando, sorvia alguns goles com muita frequência. Às vezes, na ânsia de saboreá-los, eu mesmo os produzia, como faço agora. Faço porque sou fraco, não resisti - lamurio! Na falta de um gole minhas mãos tremulam e meu ritmo cardíaco acelera, ao passo que me perco em alucinações onde me encontro numa banheira repleta de goles...
Não quero ser abstêmio, não sou Santo, mas confesso que quase estive contido neste grupo. Por quê? As influências talvez: meus amigos sempre me ofertam com goles. Nunca resisto à tentação. Os goles mais amargos são os políticos, pois têm fel na sua composição; os mais doces seriam os de amor, no entanto, as fermentações na fábrica dos amigos de gole sempre os deixam assaz alcoólicos, assim ocultando toda doçura que remanesceria do seu néctar. Tem até água benta com teor alcoólico, onde mitos e divindades são postos em dúvida ou pelo menos tratados de igual para igual, estes goles não têm temor algum.
Enfim, já não aguento mais ficar sem goles. Nesse momento ponho a bebida (texto) sobre a mesa (desktop), entro no bar (Blog) mostrando minha carteirinha (login) para o porteiro (Blog Spot) e agora posso finalmente dar cabo ao meu gole (texto). Aguardo (carregando...) o seu toque final e agora sim está pronto. Vou com toda sede ao pote e o bebo (publico) demitindo-me da abstinência. Não sou viciado o suficiente, por isso deixo um gole para que os meus amigos depois o sorva (leia) – ou eu, quando a sede retornar.
É Jonatan, estavas sumido!
ResponderExcluirQue bom que voltou a se render ao álcool destes goles, eu já sentia falta!
Sem mais abstinências hein?!
rs
beijo!
Olha... demorou tanto pra voltar que eu exijo agora pelo menos um porre!
ResponderExcluirSeus goles são sempre cheios de expressões e palavras interessantes (que não uso) adoooooro! rs...
"Sem mais abstinências, hein?!" [2]
Só que o beijo num vai dar pra copiar, cara! rs...
Abraço!
PS.: "Viciado, nunca fui." Porque nem em texto os bêbados/viciados se assumem como tal? rs...
"Sem mais abstinências, hein?!" [3]
ResponderExcluirAchei que queria aposentar-se desse bar-blog, sem antes mesmo de nos embriagar-nos com esse porres "Jonatísticos". Muito bom texto! Estou vendo formigas voadoras...
Bem-vindo outra vez, caro amigo! Espero que nao se asente por muito tempo. Sabe como fica alguem que é viciado em gole (texto), muito tempo sem gole (texto)?
O bom filho à casa torna, finalmente!
ResponderExcluirPensei que tivesse nos abandonado, cara!
Ficou aí com essa desculpinha esfarrapada de monografia! rs
Mas voltou em grande estilo, adorei o jogo de palavras que fez no texto/gole! rs
Sacada de mestre!
Agora, pra recuperar o tempo perdido, vai postar um texto por dia e monopolizar o blog, né? rs
Aliás, não me importaria, beberia todos os goles prazerozamente...
Parabéns pelo texto e benvindo de volta!
Abraço, amigo!
Oh! queridos Amigos de Gole e amiga de gole Moema, muito obrigado pela calorosa e alcoolica recepção. A fonte não pode secar! Sem abstiências... to chutando o balde.
ResponderExcluirFabrício - Adorei o post escriptum. Bem observado a personalidade alcoolatra (viciado nunca fui). rs
Um abraço a todos.
Que lindo foi o melhor gole que já tomei...rsrs...texto ótimo. Já pensou se alguém inventa uma organização para acabar com os viciados em goles(Textos)?? Como seriam os restos dos dias de nossas vidas sem os benditos goles desejáveis...rsrs...?? Eu desejaria a morte em goles do que sem eles sobrevivendo. Bjus amei o textículo.
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