Gente, depois que a Organização das Nações Unidas disse que daqui a quarenta anos o número de habitantes no planeta chegaria a 10 milhões, eu fiquei preocupado. Pense junto comigo: se sendo somente 6,7 bilhões de pessoas, a gente já consome 230 milhões de toneladas de carne anualmente, imaginar o dobro de pessoas se alimentando com carne?
Você pode achar que eu sou mais um cidadão impressionado com as coisas que passa nos jornais, eu sei. Mas isso não é verdade. O consumo exagerado de carne carrega estragos irreversíveis no planeta. Para produzir meio quilo de carne é necessário cultivar meio campo de futebol com alimento para o animal. Mais carne, menos área habitável. Não é só isso: gasta-se muita energia, gera muito esgoto e acaba com a natureza.
É só por esse motivo que eu decidi, aos poucos é claro, abandonar o hábito de comer carne. É extremamente difícil, ainda mais que é uma questão cultural. Carne no congelador é sinônimo de fartura, riqueza e até satisfação pessoal. Tente passar o domingo só com arroz, feijão e ovo. Alguém não vai chegar vivo até o horário do Fantástico, tenho certeza.
Isso não é a solução para a superlotação do planeta, mas uma questão evolutiva. Na escassez de alimentos protéicos, como a carne, quem começou agora com um “plano heróico de diminuir a ingestão de animal morto” tende a se dar bem num futuro caótico que os analistas preconizam. Ah, e tem o fato social que quem não come carne é visto como intelectual – para não dizer nerd.