UM GOLE DE IDEIAS

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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

JUSTICATIVA DO AMOR


Seria o amor mesmo atemporal, como dizem os ignorantes, os poetas ou, simplesmente, os apaixonados? Mas, e o prazo estabelecido para este sentimento nascer e se desenvolver que trás a Neurociência? Segundo esta, amor não é assim tão fácil, que vem como tempestade mesmo depois

de uma seca, amor é algo sério.


Amor não é "semeado no vento", é construído através de momentos e momentos de conquistas... É um re-apaixonar sem fim... É a paixão já cansada cedendo espaço para o amor (mas ainda assim a paixão insiste em ficar).


Quer saber!? Quando se trata de amor, a ciência está bem limitada se comparada aos conhecimentos dos que a vivenciam. Além do mais, o amor não é objeto de estudo! E se fosse, seria insolúvel, assim como a origem do universo ou deus: ele não pode ser entendido através um método científico - o amor é metafísico (!). Acho que nem pode ser entendido, na verdade. Ele apenas é ou está no ser... Está em mim e em você, ao que me parece. O trecho “ao que me parece” significa deixar em dúbio o sentimento alheio. Árdua tarefa pra quem ama cega e incondicionalmente alguém.


Atenção! Os efeitos colaterais dos que são amados podem ser catastróficos. Muitos nem suportam a difícil tarefa de serem amados. Em meio ao tamanho do sentimento que cativa, que acolhe e que almeja o melhor para o outro, uma pergunta se forma: como pode alguém que é abraçado pelo amor rejeitá-lo? Ficaria sem resposta, mas Drummond já se encarregou de justificar isto: “amor é privilégio de maduros” e há quem nunca em vida amadureça, mesmo embora pleiteie a velhice.


Por fim, toda essa complexidade do amor, que insiste em não ser compreendido me leva a crer na irracionalidade da sua forma. Porque ninguém poderá explicar como é vivenciado anos de prazer num relacionamento que sobreviveu poucos dias; nem amores à distância; nem amores à primeira vista; nem amor algum. Mais uma vez este prosador, que insiste em justificar ou desvendar este sentimento arcaico, fica sem uma conclusão ou desfecho plausível para o leitor que buscava neste texto alguma resposta.

4 comentários:

  1. É... prefiro quando o amor sangra. (como no texto excluído) Esse amor aí do texto nem é amor, é especulação. E não desdenhe o Drummond, ele é muito mais sincero que isso. (pode apostar)

    Tô falando com o narrador!
    O autor tem o aval pro mundo que quiser criar. O autor, maldito autor, é deus como eu e você.

    Eu li o Caio dizendo que quando a gente escreve tem que ter verdade e tal... acho que senti falta disso desta vez.

    Abraço!

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  2. Jonatan, teu texto se apresentou a mim de forma um pouco confusa e, em alguns trechos,
    contraditório. Quando você faz perguntas sobre o que seria "amor", em seguida você já
    apresenta deduções supostamente baseadas em outras definições. Após isso, novamente você
    apresenta novas propostas sobre o que é o "amor", e o fato de confrontar amor X ciência,
    penso que ausentou toda a sensibilidade referiada ao tal do "amor".
    Algo que gostei foi o fato de você inicar e desfechar o texto dando tom
    de "pergunta - possível resposta- dúvida - sem resposta".
    Quando você citou o Drummond, nesse poema, a mim não me
    parece ele estar a falar do ser a ser amado, mas sim dos seres amáveis,
    a se amarem, não há rejeição de parte alguma, por maduros que são aqueles
    seres se aceitam, se estendem, se decifram, correm risco, não se limitam.
    Sabe, ando cansada dessas equações sobre o que é o amor, como lidar com sua falta,
    como lidar com sua presença etc., etc., etc. Não tem essa de cobrar amor do amor,
    amor é pra sentir, ou não... O que a gente fala e não vê, a gente acaba esquecendo de viver,
    de sentir... E olha, eu concordo com Rimabaud quando ele fala sobre isso.
    Creio que talvez nem haja amor, de tanto que se fala nisso.
    Existe medo, egoísmo, ligações baseadas em diversos proveitos,
    inclusive pessoais, mas acho que isso não é amor.
    Amor é algo a ser reinventado, a todo o tempo... Um beijo. Cléo (:

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Muito obrigado pelo seu comentário (dose)!

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