quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Desconstruindo o Príncipe Encantado
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Construindo a realidade
Hoje cedo revi meu episódio favorito de friends, revisitei o baú de lembranças pessoais, me mandei convites a uma nova perspectiva, mas acho que não aceitei todos. Vi minha vida do ponto mais alto que pude como se soubesse tudo de mim mesmo. Como se meus instintos e emoções juntos não resvalassem o ponto de vista grandioso e eterno sobre a minha própria vida. Não sou o melhor com os meus atos, narro melhor que os vivo.
Ainda na tarde desse dia reflexivo e enfadonho, me pus a reouvir as músicas caóticas da Legião Urbana. Não vou tentar suicídio como fiz da última vez que me dediquei tanto a este ofício. Não espero que nenhum coelho me mostre que existe um mundo melhor que este que vivo. Escolhi ontem que não posso ir muito fundo na toca da existência. Suporto facilmente os desequilíbrios e as confusões que me meto. Não suportaria imaginar que isso tudo aqui pode ser só o que eu imagino como realidade.
As canções e as pessoas nunca me surpreendem de tudo. Espero erros dos humanos e beleza na arte. De certo que encontro um funk desafiando o meu senso estético, ou ainda uma pessoa negando preconceitos ou se dizendo sincera. Coisas da vida! Pego meu quê de realidade no meio disso tudo. Não existe força que me faça viver automaticamente, embora minha vida tenda a rotina. Mas não existe rotina. Entende?
Agora digníssimo leitor que se atreve junto a mim nessa narrativa torta, não me julgue prolixo ou desregrado. Não sou eu que vos falo. O autor não existe. A vida deste texto é uma fuga da realidade e ao mesmo tempo uma tentativa de dizê-la. O protagonista ensaia na ficção com voz que imita o que o autor viveu. E entre rascunhar uma verdade tão distante como essa, não se desafie por demais, caro amigo. Fique com a tua!